Yo minnaa!!! Viram chuva de recomendações que comecei no insta? Para quem não viu vou por aqui a lista e os textos que mandei por lá, estou pensando em escrever um pouco mais sobre essas recomendações já que o limite de caracteres no isntagram limita um pouco, mas se fizer será na atualização do post (são 23:40 e quero enviar antes de meia noite kkk) Mas dai só editar o post, se for fazer isso será até no máximo amanhã (dia 20/06/2022) até ás 15h.
Atenção: Esse post está com os textos na integra como estavam no instagram, porém será editado para melhor leitura em breve.
Então, dessa vez não tem muito o que falar antes, vamos
ao post?
Heartstopper
Imagino que a maioria aqui já conhece Heartstopper, já
que explodiu em audiência e em comentários online logo após a estreia e tem
conquistado bastante os corações dos fãs. E para quem não viu, já fica aqui
minha recomendação ❤ 🌈
Eu cheguei a pensar em maratonar a série, mas fiquei meio sem tempo, gostei
muito e estou assistindo aos poucos, então como a ideia aqui é fazer 3 posts
recomendando entre filmes, animações e séries que tem uma ótima
representatividade imaginei que Heartstopper é uma ótima pedida!
Não só tem um romance “refrescante” com um ar de descoberta, como derruba
estereótipos que costumam usar frequentemente em boy’s love, tais como o cara
mais forte de início tratar o outro mal, foco exclusivamente em homofobia, romance
rápido e forçado demais após a primeira fase do filme, etc.
Então Heartstopper é sim, a melhor forma de começar minha recomendação sobre
representatividade aqui no ig, para quem assistiu recomendo que leia, para quem
leu recomendo que assista e quem não fez nenhum dos dois recomendo que escolha
como começar, vale bastante a pena!
Vamos ser sinceros, depois de toda uma geração sofrendo com queerbaiting, uma
série como essa merece todo o abraço do povo não é? E já adianto que mais para
frente vou conversar aqui sobre queerbaiting, é um assunto que não pode ser
esquecido também, mas por agora vamos no alto astral dessa série imperdível! ♥
A série está disponível na Netflix!
DC Comics
Agora falando um pouco sobre as séries da DC temos o Arrowverse!
Uns amam, outros odeiam... Na verdade muitos nem ligam, mas também tem muitos
que brigam online por conta dessas séries, seja defendendo ou criticando e não
tem como negar que elas acabaram fazendo bastante barulho nas redes.
Mas o que também não da para negar é que gostando ou não do enredo das séries,
a parte de representatividade realmente ficou um verdadeiro espetáculo! Faz
todo o sentido em cada série onde diferentes tipos de representatividade
aparecem.
O que mais se destaca na minha opinião é que é tudo muito natural e não só no
meio LGBTQIAPN+, eles mostram representatividade de etnia, apresentam questões
sociais, criticam a hipocrisia que vemos no dia a dia, falam de intolerância
religiosa e fazem tudo isso dentro de um roteiro onde nada fica forçado.
Existem por exemplo momentos onde um herói essa por conta de preconceito
estrutural acaba tomando atitudes ruins, mas é mostrado que é errado e ele
acaba reconhecendo isso também, já com os vilões é claro o quanto estão
errados, um bom exemplo é quando os heróis vão a Terra X.
No caso das séries não temos apenas um ou dois “pontos de representatividade” o
que é ainda melhor, não é como se tivesse uma cota, faz parte da história! E em
muitos casos faz parte desde os quadrinhos! Tanto nos antigos quanto os novos,
no meio das HQs tem sim representatividade e Vou deixar de brinde aqui imagens
de Superman: Filho de Kal-el, já que causou polêmica e das boas na Bienal do
Livro! Ainda lembro daquele dia como se fosse hoje, estava lá no meio da
confusão! XD
Ah! Vale lembrar que em Lendas tem representatividade ACE! É um tipo de
representatividade ainda rara, a bandeira é pouco conhecida e por isso ter uma
grande série falando sobre faz toda a diferença para a comunidade.”
Steven Universe
Agora falando sobre Steven Universe! Selecionei esse
dentre tantos porque ele ficou conhecido por conseguir falar de diversos
assuntos de forma leve e emocionante, encantando o público e tocando em temas
pouco comuns em animações do estilo.
Além de ter personagens abertamente LGBTs os fãs elogiam muito outros temas
ligados a relacionamento e que são abordados ao longo da animação.
Pesquisando uma vez encontrei a seguinte descrição:
“Quando
um cometa mágico vem em direção a Beach City, Steven deverá revirar a coleção de
quinquilharias do seu pai para encontrar uma arma capaz de salvar a cidade.”
Olhando por ela não me chamou a atenção em nada, na verdade nem o traço da
animação é muito meu gosto... Mas dai vi comentários de fãs, posts elogiando, a
galera se emocionando pra valer e foi me dando uma baita curiosidade!
Acho que o forte de Steven Universe é justamente esse! Ele te ganha no coração,
na empatia que passa das telinhas e alcança cada fã de forma única, vale a pena
conferir!
Euphoria
Essa série com
toda certeza causou uma forte polêmica rapidamente! Euphoria veio para quebrar
tabus e dividir opiniões em alto nível!
A série tem um pouco de tudo, um verdadeiro menu de problemas da sociedade,
personagens marcantes, aprendizado sobre empatia, novos olhos sob situações que
geralmente são vistas de uma forma já padronizada e muito mais, e com isso a
série acaba abrindo um bom leque de diálogos para o público que assiste.
Ai que entra a questão: O que tudo isso tem com o meio LGBT? Algo meio voltado
aos tabus seria como aqueles filmes antigos onde o mocinho morre ou algo assim?
Ou sobre jovens expulsos de casa por conta da sexualidade?
Não é nada disso! Euphoria tem um ritmo acelerado que se comunica facilmente com
os jovens e não se trata de ficar batendo na mesma tecla, se trata de ser
diferente! A representatividade trans dessa série por exemplo, é inovadora e
traz uma mensagem poderosa!
Exatamente, não se trata de uma série teen sobre drogas, sexo e zueira sem
limites, Euphoria vai muito além e fala sobre tabus de sexualidade, identidade
e expressão de gênero também, isso sem contar de diversas outras questões que
são abordadas ao longo da série, que tem uma direção e edição brilhante que
ajudam ainda mais a mergulhar de vez nos episódios.
Sense 8
E como se já não tivesse falado de séries polêmicas o suficiente, a próxima é
Sense 8! Taí uma série com uma dinâmica única que se mostrou muito bem
trabalhada em enredo, harmonia entre cenas, sincronia de personagens, trilha
sonora envolvente e que acabou por desesperar os fãs quando não teve renovação
de temporada.
Essa série entra para a listinha de séries que todo mundo devia assistir pelo
menos uma vez, é realmente muito bem trabalhada e se mergulha profundamente no
emocional dos personagens, além de quebrar vários tabus e estereótipos, não
apenas sobre sexualidade e para completar ainda tem um ponto cultural que é
muito interessante.
Claro que essa série pode acabar chocando uma pela parcela dos que assistirem,
mas é sempre assim quando quebramos tabus. E não se trata de “está tentando
lacrar” a série é realmente muito boa! Eu já assisti e planejo assistir
novamente assim que der ♥
Kipo e os animamonstros
E para finalizar (por agora) Conhecem Kipo e os Animonstros? Vou falar de algo
que para alguns pode parecer meio fraco por não ser o foco, mas vou explicar
também porque gostei tanto.
Na animação é sobre a protagonista Kipo é obrigada a deixar a toca para viver
num mundo pós-apocalíptico tomado por animais mutantes e durante sua jornada
acaba fazendo novos amigos, que juntos enfrentam essa jornada.
Acho muito válido lembrar que representatividade não significa que a obra tem
que ficar falando sobre o meio LGBT de forma didática, não precisa se tratar de
uma aula do tema, embora seja bom ter obras com essa dinâmica, trazer
personagens LGBT em seu dia a dia de acordo com a aventura apresentada é
igualmente importante.
E é ai que entra a animação da vez, no caso a forma que mostraram o personagem
contanto sua sexualidade emocionou muito os fãs!
No sexto episódio, a protagonista confessa um interesse amoroso por Benson, e
ele revela que não é recíproco. Então ocorre o seguinte diálogo, simples e
direto:
💬“Você só gosta de mim como amiga…”
💬“Sim. Porque sou gay.”
Kipo fica um pouco envergonhada e se embaralha com as palavras, mas o que
emocionou foi a forma natural que ela recebe essa notícia, sem questionamentos
ou estranheza, como devia ser normal do dia a dia na vida real, sem o irritante
“mas é porque não conheceu a mulher certa” ou frases similares. Isso sem contar
que ele falar abertamente a sexualidade dele no lugar da animação só dar a
entender ou dele se sentir obrigado a esconder também é muito importante.
Pode parecer um detalhe bobo para muitos, mas Berson é um dos personagens do
elenco principal de uma animação voltada para o público de 10 anos, isso faz
toda a diferença sim! É uma representatividade que de forma sutil ensina sobre
respeito e empatia, portanto, achei simplesmente perfeito.
O post fica por aqui, espero que tenham gostado!
Beijos da Kira.